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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Chega ao fim a via-crúcis da santa mãezinha de Pereira Filho




Depois de 18 dias de internação, 17 dos quais na UTI do Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o coração de dona Helena parou de bater, deixando em lágrimas esposo, filhos, netos, irmã e amigos...


Dona Helena, mesmo sem estudos, era uma mulher sábia e, com o seu jeitinho e inteligência, dia após dia, conquistava o coração de cada filho, de cada neto.

Todos choram a sua partida, inconsolavelmente, pois queriam ainda desfrutar da sua doce companhia um pouquinho mais.

Ninguém se conformou quando a notícia chegou. Fria e sem misericórdia foi logo fazendo um estrago devastador no seio da Família Pereira da Silva. Na tarde anterior àquela manhã de 6 de novembro, o quadro transmitido pela médica da UTI era confortador: “Dona Helena está apresentando grande melhora, já responde aos estímulos; apenas a febre nos preocupa, mas no geral, está indo bem,” informou a profissional de plantão. Todavia, na manhã seguinte o telefone toca e a notícia chega inesperadamente: Dona Helena faleceu!

Foi inacreditável Foi doloroso! Foi assim que chegou a notícia da partida de dona Helena, a matriarca e o sustentáculo da Família Pereira da Silva: no momento em que todos se uniam em prece ao Bom Deus, rogando pela sua recuperação, pois ainda queriam gozar um pouquinho mais do seu carinho, do seu cuidado, do seu afeto, do seu amor.

Helena - uma mulher simples, sem cultura, que trazia em sua essência a arte do saber - do saber educar; do saber servir; do saber lutar; do saber dizer sim ou não; do saber ser sincera e transparente; do saber discernir o certo e o errado; do saber sorrir e do saber chorar, enfim: a arte do saber amar.

Helena - uma mulher pobre, nascida no interior de Alagoas, que ainda na infância perdera os pais, criada desde então, em casas de parentes aqui e ali.

Helena - uma mulher que logo cedo, ainda criança, pegou a enxada e trabalhou na agricultura e mais tarde em casas de famílias, honrando sempre o que fazia.

Helena - uma mulher que, ainda jovem, casou-se com Sebastião, teve oito filhos, dos quais só se criaram quatro: Pereira Filho, Teresa Cristina, Antonio Eliezer e Joana D’arc, seus quatro tesouros que ela tinha que criar e educar numa singela e doce missão ofertada por Deus.

Helena - uma mulher criativa que sempre colaborou com o orçamento familiar, trabalhando na torrefação de café e na produção de pirulitos atendendo uma expressiva freguesia que lhe garantia semanalmente um dinheirinho que ajudava bastante ao marido no sustento dos filhos. Nos trabalhos, ela sempre podia contar com ajuda de “Bastiãozinho”, o filho mais velho que estava sempre disposto a fazer as entregas nos pontos comerciais.

Helena - uma mulher religiosa e temente a Deus, flagrada sempre de joelhos intercedendo pelo esposo, filhos, netos e amigos.

Helena - uma mulher meiga e carinhosa, compreensiva e amiga. Entretanto, dentro de si, uma fera poderia nascer a qualquer momento se um filho estivesse em perigo.


Velório e sepultamento


O corpo chegou ao Velório Suissa no início da tarde

Belas coroas foram recebidas no transcorrer do dia, presenteadas pela Câmara Municipal de Garanhuns; Prefeito Luiz Carlos e vice Almir; ouvinte Socorro Albuquerque; Mano Imóveis; Dep. Izaías Régis e Rádio 87 FM.

 







À noite aconteceu uma cerimônia religiosa, dirigida pelo pastor evangélico Iremar, num momento de muita emoção.







Na manhã seguinte, 7 de novembro, registrou-se outra solenidade religiosa com o padre Arcanjo e, em seguida, conduziram o corpo ao Cemitério São Miguel.







 



No cortejo ouvia-se a voz do Padre Marcelo cantando lindas músicas e também a do cantor internacional Demis Russo cumprindo o desejo de Dona Helena.












Ao chegar à sepultura, Pereira Filho, emocionado, fez uso da palavra, enaltecendo sua mãe e agradecendo por tudo o que ela representou em sua vida e na vida dos seus familiares. Em lágrimas, apreciou o rosto de sua santa mãezinha pela última vez.



Outras imagens do velório e sepultamento: