O ex-juiz de Direito, da Comarca de Palmeirina, Max Cavalcanti de Albuquerque, que foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) devido a condutas incompatíveis com o exercício da magistratura, perdeu a prerrogativa de ser processado e julgado por esta Corte. Diante disso, o promotor de Justiça André Rabelo, da Assessoria Técnica em Matéria Administrativa, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), encaminhou à Promotoria de Justiça da Comarca de Palmeirina cópia dos autos do processo no qual o ex-juiz é acusado por crime de pedofilia.
No encaminhamento dos autos, André Rabelo levanta a possibilidade de responsabilizar penalmente o ex-juiz , além dos pais do menor que teria sofrido abuso sexual por parte do acusado. Rabelo ainda solicita à Promotoria de Palmeirina que empreenda esforços no sentido de agilizar as medidas cabíveis, “haja vista a gravidade das conclusões dos relatórios de sindicância do citado processo, bem como em face da comoção social do caso, vez que a sociedade espera do Ministério Público uma resposta imediata”.
Max Cavalcanti de Albuquerque foi acusado de envolvimento com um menor, desde a época em que o garoto tinha 10 anos de idade. De acordo com o relatório da Corte Especial do Tribunal de Justiça, Max dividia uma cama de casal com o menino. Uma das testemunhas do caso, a empregada doméstica Sandra da Silva, diz ter ficado surpresa ao ver o garoto saindo do quarto do juiz pela manhã.